Porque o matrimônio cristão deve ser visto em separado do casamento mundano, assim como deve ser vista a liberdade dos cristãos, que só pode existir com responsabilidade.
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Será sempre um erro crasso comparar o matrimônio cristão com o casamento mundano. Da mesma forma, não dá para comparar a vida espiritual de um autêntico cristão com a vida sem regra de uma pessoa sem fé, ou que não segue uma religião ética. É a própria Bíblia quem pergunta: “Que comunhão pode haver entre a luz e as trevas?”... É a velha diferença da água para o vinho, reforçada pelo milagre de Caná.
Eis que a única hipótese de compatibilidade da Escritura Sagrada com a prática secular, é quando esta dá algum ouvido às regras de vida da Palavra de Deus, ou quando vê na Bíblia os alicerces morais da sociedade, sem os quais a civilização tende ao caos. As práticas recomendadas pelo Cristianismo são bem conhecidas e bem menosprezadas por qualquer sociedade hedonista, e podemos elencar as principais recomendações bíblicas com frases de impacto, pelo seguinte entendimento:
- Ninguém pode ganhar dinheiro, a não ser em atividades honestas;
- Respeito especial é devido aos mais velhos, e a todas as hierarquias;
- Respeito aos pais garante vida longa na Terra;
- Sexo não foi feito para ser usado apenas em função do prazer, o qual precisa estar atrelado às responsabilidades de um matrimônio;
- Nenhuma violência se justifica no mundo, exceto aquelas chamadas em “legítima defesa”, as quais envolvem a salvaguarda da família e da Nação, bem como a proteção das crianças e dos indefesos, mesmo não sendo da família, e sob os ditames da lei vigente no país;
- Um matrimônio honroso não pode iniciar a não ser pelo duro caminho do autoconhecimento a dois, o qual se inicia com a amizade, o namoro, o noivado, a apresentação das famílias, etc., e só deve ser consumado em plena comunhão com Deus (Casamento-a-três);
- Todas as decisões na vida devem ser tomadas levando em conta a orientação bíblica, e nenhuma opinião deve ser dada sem consultá-la;
- A Comunicação entre as pessoas é o termômetro de uma sociedade sadia – numa sociedade onde a conversa foi substituída por cliques digitais num telefone colorido a doença mental se instala e as estatísticas mostrarão aumento nos índices de depressão e suicídio;
- Crianças precisam ter um comando masculino e um feminino dentro de casa para crescerem com saúde mental: a família de Deus é constituída por Pai, Mãe, Filho e Deus;
- Fazer coisas de graça é sinônimo de caridade: se tudo o que você fizer por alguém tiver que ser remunerado, você ainda está longe de merecer destino melhor que o inferno.
E por que o matrimônio cristão é tão diferente de um casamento secular? Ora; as diferenças começam já desde o seu nascedouro, pois o matrimônio só pode ocorrer oficialmente (no Cartório e na Igreja, necessariamente nesta ordem) após as etapas convencionadas para o auto-conhecimento dos futuros cônjuges, a saber, amizade, namoro, noivado, casamento (judicial) e matrimônio (eclesial): só com este último se chega ao “Casamento-a-três”, que é como esta Agência chama o grande acordo nupcial entre o Homem, a Mulher e Deus. No caso da prática secular, às vezes o sexo acontece antes mesmo do namoro (ainda na amizade) e às vezes o namoro nem redunda em casamento. Logo, as diferenças são enormes, embora a pós-modernidade já avançou tanto no desregramento moral que o matrimônio cristão já incorpora práticas mundanas ou nem chega a ocorrer, culminando o processo sem a participação da igreja.
A rigor, a principal diferença dos dois casamentos está na questão sexual, pois a lei cristã estabelece o sexo como exclusivo para ocorrer apenas dentro do casamento, enquanto no mundo o sexo vem antes de tudo e o casamento muitas vezes nem se cogita. Na Bíblia o sexo sempre pressupõe a plena aceitação de uma gestação, enquanto no mundo 98% das relações sexuais jamais intencionavam procriar.